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Terrorismo nutricional e a estigma da alimentação saudável

Por: Talita Camargos 17.09 | Sábado

Alimentos sem glúten, low carb, zero açúcar, refrigerante light, cortar gorduras... Tudo isso pode parecer um bom caminho para uma alimentação saudável e para um bom funcionamento do metabolismo. 

Mas será que basta seguir esses passos acima para melhorar a alimentação? O que dizem os especialistas sobre dietas restritivas e radicalismo alimentar? 

Culto ao corpo Vs. Bem-estar físico e emocional

A busca por um corpo magro e escultural se torna um martírio na vida de muitas pessoas, convencidas de que não se enquadram no tão almejado “padrão de beleza moderno” e acabam, muitas vezes, recorrendo a dietas restritivas propagadas de forma irresponsável por agentes que geralmente nada sabem sobre nutrição. 

Através do discurso midiático, de redes sociais, dicas de influencers, entre outras vozes que ganham força no mundo contemporâneo de culto à imagem e à estética, muita gente adota dietas radicais cujas consequências vão desde o desequilíbrio metabólico até transtornos alimentares graves como a bulimia e a anorexia.  

Estudos realizados pela Universidade de São Paulo (USP) revelam que a busca por alimentos saudáveis está muito mais relacionada ao “receio de engordar” e à “busca pelo emagrecimento” do que propriamente ao desejo de manter hábitos alimentares benéficos à saúde. 

O quadro se agrava quando o assunto é o corpo feminino. As representações da indústria da beleza são muito mais direcionadas para mulheres que para homens e os reflexos disso são notáveis. Segundo a revista Veja, de cada dez casos de bulimia registrados, nove são de mulheres. 

Estudos realizados pela Unilever, com cerca de 3 mil mulheres, revelam que apenas 4% das participantes se consideravam bonitas. 

Em outra pesquisa, desenvolvida, dessa vez, pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, 77% das 150 jovens entrevistadas, apresentaram “propensão a desenvolverem algum tipo de distúrbio alimentar como anorexia, bulimia ou compulsão por comer”.

Nos últimos anos, o crescimento do mercado de culto à beleza fez com que a obsessão pela estética do “corpo sarado”, fantasiado de estilo de vida saudável, se tornasse um problema real na sociedade e, com ele, o terrorismo nutricional assola o bem-estar físico e emocional dos indivíduois.

Quebrando tabus

Corpo sarado e corpo saudável são coisas diferentes. No entanto, não são excludentes. É possível ter um corpo sarado e saudável da mesma forma que é possível ter aquelas gordurinhas localizadas sem qualquer perda no quesito saúde física. Da mesma forma, existe também a possibilidade de um corpo sarado estar enfermo, o que revela um lado obscuro do culto ao corpo e do terrorismo nutricional. Não basta ser considerado belo. Cada organismo possui características próprias que devem ser respeitadas priorizando a saúde e a qualidade de vida acima de tudo. 


Quando o assunto é nutrição, nota-se uma quantidade absurda de informações falsas e ruídos que bombardeiam a população vindos de todos os lados. Isso gera sempre mais e mais confusão nas pessoas que buscam uma alimentação saudável, porém é muito importante estar atento para não cair no senso comum e entender que cada corpo possui suas próprias regras. 


Nutrição é coisa séria: o que dizem os especialistas?

Segundo a nutricionista Lorena Rodrigues, a busca não deve ser por alimentos sem glúten, ou sem gordura, mas sim por alimentos mais naturais. “De nada adianta substituir o trigo por produtos industrializados cheios de conservantes”, comenta a especialista. 

A manteiga animal, por exemplo, em comparação com a margarina, de origem vegetal, pode parecer menos saudável por possuir uma concentração de incríveis 80% de gorduras em sua composição. No entanto, o fato da margarina possuir uma grande quantidade de gorduras hidrogenadas para melhorar sua textura, faz dela uma opção apenas em casos extremos. A gordura hidrogenada é uma das grandes vilãs da indústria alimentícia e pode levar a diversos problemas de saúde como doenças cardiovasculares, doenças no fígado, diabetes e até mesmo o câncer. 

Cortar ou substituir determinados macronutrientes sem o devido acompanhamento nutricional pode resultar em efeitos colaterais graves, inclusive o desenvolvimento de intolerâncias que posteriormente levam, fatalmente, ao desequilíbrio fisiológico e metabólico e ao desconforto. A nutricionista Lorena ressalta: nenhum extremismo traz saúde a longo prazo. Ela completa, ainda, e reafirma a importância de não perder o prazer de comer bem, e que a comida deve sempre nos trazer momentos de conforto e bem-estar.

Dieta saudável sem culpa e sem terrorismo

Comer bem vai muito além de cortar gorduras e carboidratos.  É muito importante ter em mente que um corpo saudável precisa de todos os nutrientes e macronutrientes e não apenas proteínas e fibras como geralmente se dá a entender. 

Comer frutas e verduras frescas é sempre uma boa opção para reposição vitamínica, essencial para o correto funcionamento do metabolismo e fortalecimento do sistema imunológico. Proteínas magras, como carnes brancas, também têm essa função de manutenção do sistema imunológico e metabolismo, além de serem muito importantes para ganhar força e restaurar o tecido muscular.

Gorduras “boas”, como o azeite de oliva, por exemplo, são de extrema importância para elevar os níveis de energia do corpo e dar ânimo no dia a dia. Elas desempenham, também, função reguladora no controle do teor de colesterol e reduzem as chances de desenvolver doenças cardíacas. 

Grãos integrais e barras de cereais desempenham função antioxidante, ou seja, reduzem o envelhecimento precoce, além de possuírem grandes concentrações de fibras para melhorar funções gastrointestinais.

Para aqueles que pensam que comer chocolate é um desvio da virtude de comer bem, se enganaram feio (sim, senhor e sim, senhora). Estudos comprovam que o consumo moderado de chocolate meio-amargo e amargo traz benefícios para funções cerebrais, diminuir danos de acidentes vasculares e controlar fluxo arterial. Além disso, o chocolate também faz bem para os cabelos e para a pele por seu poder antioxidante. 

Incrível não é mesmo? Essas são algumas sugestões para completar uma alimentação balanceada, sem estigma e sem tabu, para enriquecer a sua dieta e te ajudar a adotar hábitos alimentares mais saudáveis. Mas lembre-se: converse sempre com um profissional antes de adotar qualquer dieta e, principalmente, respeite seu corpo!

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