Se você procura uma alimentação saudável, provavelmente já ouviu falar sobre índice glicêmico dos alimentos. Mas estudos recentes mostraram que a forma de avaliá-lo deve ser um pouco diferente. Ele não é desprezível, porém, há algumas ressalvas acerca do que se pensava.
Neste artigo, vamos simplificar esse conceito e te mostrar que alimentar-se de forma saudável é muito mais simples do que dizem.
Vamos nessa!
O que é índice glicêmico dos alimentos?
O índice glicêmico (IG) é um método para classificar os alimentos de acordo com os efeitos na glicemia pós-prandial. Em palavras simples, o IG mede a tendência de um alimento de aumentar a glicemia pouco tempo depois de ingeri-lo. Essas alterações são importantes, principalmente, para diabéticos.
E quem não tem diabetes, deve se preocupar?
Mais ou menos. Alimentos com alto índice glicêmico tendem a não nos deixar saciados por muito tempo. Assim, o apetite costuma aumentar em pouco tempo. Como mais palatáveis, doces e salgados, geralmente, sente-se uma grande satisfação em comê-los.
Além de saciar a fome, vamos em busca do bem-estar que esses alimentos causam.
O erro ao avaliar índice glicêmico
Se você leu o tópico acima, certamente pensou que saber o índice glicêmico dos alimentos é muito importante. Porém, a dra Sophie Deram alertou em uma recente coluna no UOL que os IGs são avaliados de forma isolada. Ou seja, o pão branco sozinho tem um índice glicêmico, enquanto o IG do pão com ovo ou queijo, outro, menor.
Assim, a forma de comer também importa. Raramente consumimos os alimentos sem algum acompanhamento. Os nutricionistas, inclusive, recomendam a ingestão de certos alimentos acompanhados de outros justamente para melhorar o IG.
Outro grande problema é abrir mão do que gostamos. Como a dra Sophie Deram fala: “podemos comer de tudo (mas não tudo)”. Traduzindo, o segredo é o equilíbrio. A pós-doutora na área, assim como nós, é contra o terrorismo nutricional e uma vida sem sabor. Ou seja, merecemos uma vida surreal!
O mais importante, tudo que ela fala é embasado em estudos científicos, alguns conduzidos por ela mesmo em renomadas instituições, como a USP.
Estudos sobre índice glicêmico
Infelizmente, o índice glicêmico dos alimentos é avaliado como importante para emagrecimento e não saúde. Mas, para perder peso, as pesquisas mostram que ele não é tão relevante assim.
O estudo foi publicado na revista científica Advances in Nutrition. Os cientistas realizaram uma revisão de 27 estudos. 19 mostraram que as pessoas que restringiram a alimentação a opções com baixo índice glicêmico não perderam peso. Apenas 8 mostraram mudanças significativas no Índice de Massa Corporal (IMC). E esse resultado de emagrecimento só foi observado em pessoas tolerantes à glicose.
Focar em alimentos saudáveis é mais importante que o IG dos alimentos
O índice glicêmico dos alimentos é especialmente importante para diabéticos. Mesmo assim, como mostramos, com os acompanhamentos, o IG muda. Ou seja, além dessa métrica, é importante pensar em estratégias com a orientação de um profissional. Assim, a vida terá mais sabor e saúde de verdade.
Para quem não tem diabetes, a orientação é esquecer o terrorismo nutricional e focar em regras simples. Como a dra Sophie recomenda, é mais estratégico focar em alimentos saudáveis do que pensar no índice glicêmico. Dessa forma, colocar no prato comida in natura e deixar os ultraprocessados para as exceções.
Outra indicação da profissional é não fazer dietas restritivas. Abolir alimentos de nossa alimentação pode resultar em perda de peso a curto prazo, mas 95% das pessoas engordam tanto ou mais depois. Privar o corpo também causa problemas no metabolismo e na autoimagem.
A restrição também prejudica a saúde, já que são ingeridos poucos ou nenhum grupo alimentar específico. Assim, o corpo sofre com falta de nutrientes, que pode causar diversos problemas.
Índice glicêmico das frutas
Um grande problema da confusão de como avaliar o índice glicêmico e do terrorismo nutricional é a vilanização das frutas. Temos certeza que durante muito tempo você só ouviu falar bem delas. De uns tempos pra cá, algumas pessoas dizem que a frutose, açúcar das frutas, e o IG delas é ruim, principalmente para quem quer emagrecer.
Embora o IG de algumas frutas seja mais alto mesmo, tudo que explicamos anteriormente neste artigo, e o bom senso, mostram que não devemos deixar de comê-las.
As frutas são alimentos in natura. Além disso, elas têm alto teor de fibras, um macronutriente importante para a saciedade, controle do colesterol, absorção menor de gorduras e melhor saúde intestinal.
É mesmo saudável não comer frutas devido ao açúcar natural delas? Definitivamente, não!
Claro, até elas devem ser consumidas com moderação, como qualquer outro alimento.
Há quem só coma frutas na esperança de que melhorará a alimentação. Mas sabemos que uma pessoa saudável diversifica as refeições. Ou seja, ingere alimentos fonte de carboidratos, proteínas, fibras, gorduras e micronutrientes (vitaminas e sais minerais).
Comer bem é mais simples do que dizem
Imagina não ter que abrir mão de nada e encontrar os melhores alimentos no supermercado do seu bairro? Você não precisa imaginar, pode ser sua realidade. Comer de forma saudável significa ter uma alimentação variada, com preferência para alimentos menos processados. Você não precisa abrir mão de nada para ter uma alimentação saudável. Pode sim sentar-se com sua família e comer um bolo de chocolate.
A dra Sophie defende que até os alimentos industrializados podem ser consumidos de vez em quando. A variedade de alimentos e equilíbrio é o segredo.
Sentir-se bem à mesa, desfrutar do sabor dos alimentos, também é saúde, faz parte para uma vida surreal. Comer é sinônimo de mais sabor, momentos especiais e muita satisfação na vida. Isso não é um sinal verde para comer qualquer alimento, mas um convite a repensar sua relação com a comida.
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